10 de julho de 2013

Guilty - A culpa vem quando olhamos para os preços

Fica um aviso prévio que esta entrada não será como as outras.

No início do mês resolvemos ir à Feira do Livro num sábado à noite. Como tal, pensámos que seria agradável jantar ali pela zona da Avenida ou do Parque e depois caminhar até ao nirvana dos livros. 
O restaurante em que tínhamos pensado jantar afinal não servia jantares (apesar de no site não dizerem nada referente a isso e nos terem deixado fazer uma reserva) e tivemos de arranjar um Plano B.
Como estávamos perto da Barata Salgueiro, eu, a eterna parva, lembrei-me que poderíamos experimentar o Guilty, já que a minha feed do Instagram de vez em quando era bombardeada por fotos nesse restaurante.




Em primeiro lugar, claro que é necessário ir lá com marcação prévia, ou não fosse este mais um espaço fancy shmancy, mas lá conseguiram acomodar-nos dizendo que tínhamos de vagar a mesa às X horas. Não achei simpático e se não estivéssemos os dois tão esfomeados penso que nos teríamos ido embora. Mas os nossos estômagos falaram mais alto.

Fora este pormenor do tempo contado para comer, no início pareceu-nos tudo muito bem e muito bonito. O espaço é amplo e a decoração está engraçada. Em vez de tinta ou papel de parede, as paredes são forradas com caixas de madeira de vinhos portugueses. A atmosfera tem o seu quê de íntimo devido à iluminação baixa e aos cadeirões pretos e tapetes que decoram o restaurante.


Ideia original a de forrarem as paredes com caixas de vinho

A empregada que nos atendeu foi super atenciosa, explicou tudo o que queríamos saber, e até disse ao Zé que ele era capaz de ir lá fazer o concurso de comer o hambúrguer do Guilty e não pagar. Mas para estas informações sobre o restaurante podem ir ler a Time Out que não se cansa de fazer elogios ao Guilty.
No entanto, a rapariga que nos serviu merece uma menção especial pois sabia o menu de trás para a frente até ao mais pequeno pormenor sobre a confecção dos pratos, a origem dos ingredientes e se seria algo que nos agradaria ao paladar. Chama-se Daniele e foi sem dúvida uma host memorável não só pela sua simpatia mas também pelo seu conhecimento do espaço.

Toda a gente me dizia que o preço médio da refeição rondava os 20 euros. Isto apenas acontece se comerem um prato de massa ou uma das saladas "baratas". Quem se atreve a olhar os hambúrgueres rapidamente entende que o preço médio sobe rapidamente para os 30 euros. E pelo que percebi os hambúrgueres são o ex libris do Guilty.

Fiquei irritada. O hambúrguer mais barato custava 17,50€. Alguém me consegue explicar como é que um hambúrguer custa 17 euros? Tudo bem que é confeccionado a partir de Black Angus, mas 17€??? E claro que os mais finos têm sempre a opção de pedir que a sua carne seja Wagyu Beef (30€).

Até poderia aceitar o preço se a apresentação e a quantidade de comida fossem mais que aquilo que nos foi servido.
Fiquei desolada. O prato vem com o hambúrguer e com uma "canequinha" de batatas fritas. Nem traz salada porque ou se comem as batatas ou a salada, não há cá duas coisas. Se quiser paga extra.
Acabei por comer o mais básico dos hambúrgueres enquanto que o Zé optou por um que tinha um molho picante. Ele ficou mais satisfeito que eu no que toca à refeição em si, talvez pelo facto do dele ser um hambúrguer mais elaborado.
No entanto, a quantidade é pouca para o preço que é praticado.


O hambúrguer picante do Zé

As bebidas de lata, inflaccionadas, iam aos dois euros e tal. Como tal, e porque me parecia que ganhava em quantidade/preço optei por uma sangria. A sangria de frutos vermelhos custava 5€ o copo, mas vinha muito bem servida num copo que mais parecia um balde (o que ajudou a afogar a mágoa que sentia pelo Zé ir pagar tamanha enormidade de conta).


O "afoga-mágoas" de frutos vermelhos

Dois hambúrgueres, uma sangria e uma garrafa de água - 55€.
Até podem dizer que só lá vai quem se quer sujeitar a tal mas pelo preço que pedem podiam fazer algo melhor. Esta história de pagar um conceito não funciona.
Serei eu antiquada por não querer pagar o elemento trendy do espaço em que faço a minha refeição? Ou será como tenho visto escrito em sites de críticas que este é um espaço reservado a "elites"?

Enfim... Não pensamos lá voltar.
Esta moda dos hambúrgueres caros não pega connosco.

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Morada: Rua Barata Salgueiro 28, Lisboa

Contactos: 

Telefone- 211 913 590

Site - Guilty

Horário de Funcionamento: Duvidoso. Muda consoante as fontes consultadas. Muitas dizem que encerra aos domingos e que funciona das 10h00 às 24h00 nos restantes dias.

Reservas: Aconselhável.

Zona de Fumadores: Sim

Acesso para Deficientes Motores: Sim

Esplanada: Sim

Tipo de Pagamento: Dinheiro, Multibanco

Preço Médio:  30€

Relação Qualidade/Preço: Boa

Relação Quantidade/Preço:


Transportes:

Metro - Avenida e Marquês de Pombal

Estacionamento Fácil: Não

Tipo de Vestuário: Casual chic

Serviço: Muito Bom

Apropriado para Crianças: Sim

Wi-Fi: Não

1 comentário:

  1. Senti precisamente a mesma coisa quando lá fui... Acho um exagero pagar 20 euros por um hamburger!
    Maria, amiga da Inês e do João - ontem - Choupana ;)

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