28 de junho de 2013

Alfaia - Cozinha Portuguesa no Bairro Alto

Falam-me em cozinha portuguesa e tudo o que me vem à cabeça é cozido à portuguesa e pézinhos de coentrada. Peco por não gostar de alguns pratos portugueses, emblemas nacionais ou não.
Como tal, raras são as vezes em que nos aventuramos por espaços tradicionais.
A primeira vez que fui ao Alfaia foi na companhia das amigas e rapidamente me apercebi que era um restaurante onde tinha de ir com o Zé. E como o moço até estava bem disposto, resolveu oferecer o jantar e eu não me queixei.

O Alfaia está aberto desde 1880, os ingredientes são de excelente qualidade e dá gosto passar por lá.



A decoração do espaço é simples e em tons claros, havendo duas salas de refeições distintas para fumadores e não-fumadores. Apesar da falta de decoração o espaço é acolhedor e as mesas com as suas toalhas e guardanapos brancos conferem um aspecto cuidado.



A cozinha do Alfaia tende para pratos típicos do norte de Portugal, em especial da região minhota, onde surgem iguarias como a alheira de caça, o bacalhau e o polvo cozinhados de variadíssimas formas e para todos os gostos. 

O serviço no Alfaia é impecável. Os empregados que nos atenderam foram extremamente atenciosos e preocupados em saber se a refeição estava do nosso agrado, mas sem parecer que andavam ali em cima de nós a examinar cada garfada que dávamos. 
Apesar da quantidade de pessoas que estava no restaurante foi-nos fácil fazer o pedido e não tivemos de esperar muito até que nos chegassem à mesa dois pratos bem confeccionados e temperados.

O Zé optou por comer uns pastéis de bacalhau com arroz de tomate e eu, louca por polvo, não resisti em pedir um polvo à lagareiro com bróculos (em vez de grelos) e batatas fritas (em vez de batatas a murro).
Segundo o Zé, os pastéis estavam bem fritos e não pingavam de gordura, algo que é muito importante na confecção de um prato frito. O arroz de tomate estava no ponto e foi servido numa porção muito generosa.


Pastéis de Bacalhau com Arroz de Tomate


Quanto ao polvo só tenho a dizer que hei-de lá voltar para comer mais do mesmo. Não me sai da cabeça a textura macia e nada borrachuda. O tempero com sal, azeite, cebola e pimentos deixou-me a chorar por mais e eu que muitas vezes opto por nem sequer comer a cabeça do polvo, desta vez não deixei nada no prato. O meu polvo era divinal. 


Polvo à Lagareiro - o prato era fundo e continha mais do mesmo bicho

As sobremesas são as tradicionais portuguesas como a sericaia, o arroz doce ou a pêra em vinha do Porto. Como não somos fãs destas optámos pela baba de camelo e por um parfait de chocolate com gelado de baunilha. Não ficámos desapontados. A baba de camelo vinha com raspas de amêndoa e sabia a comida caseira. O parfait também ajudou a adoçar a boca mas não era nada por aí além. 


Baba de Camelo



Parfait de Chocolate


Ficámos contentes com a ida ao Alfaia e planeamos voltar lá daqui a uns tempos para que o Zé possa provar algo diferente e para que eu possa voltar a enamorar-me de forma canibalesca pelo polvo. Ai o polvo! 

Se precisarem de uma desculpa para jantar no Bairro Alto aproveitem o Alfaia, mas aconselhamos a que façam uma reserva prévia pois tem tendência a encher. 

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Morada: Travessa da Queimada, Bairro Alto

Contactos: 

Telefone - 213461232


Site - Alfaia

Horário de Funcionamento: Segunda a Sábado das 12h00 às 02h00. Domingo das 16h00 às 02h00. Esplanada encerra às 24h00.

Reservas: Aconselhável.

Zona de Fumadores: Sim

Acesso para Deficientes Motores: Não

Esplanada: Sim

Tipo de Pagamento: Dinheiro, Multibanco

Preço Médio:  15-25€

Relação Qualidade/Preço: Muito Boa

Relação Quantidade/Preço: 
Muito Boa

Transportes:

Metro - Baixa-Chiado

Autocarro - 758, 202

Eléctrico - 28

Estacionamento Fácil: Não

Tipo de Vestuário: Casual

Serviço: Muito Bom

Apropriado para Crianças: Sim

Wi-Fi: Não

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